Antipatia

by Abismika

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Antipatia 07:40
ódio que corre pelo sangue E preenche o vazio deixado Mais nada sinto Nada posso fazer para parar a dor A indissolúvel união entre o que me cerca e minha mente Entre meus ossos congelados e o sangue coagulado permeia uma dor de impotência ao mundo que me cerca O objetivo individual do alivio as dores da alma Se torna coletivo num mundo de almas atormentadas Todas gritando desesperadamente Em vão
2.
Ao se estar na desgraça, talvez não se possa da fato resolvê-la Compreendê-la aos poucos, nos tornamos dominadores de nossos demônios A consciência é a única coisa que não nos abandona Nem todos os fantasmas são reais, desvendar o que está por trás trás de cada temor é uma tarefa obscura mas que é preciso enquanto para não se perder Não importa o quanto eu pense, e nem que eu ouça os mais sábios Pois o sentimento não está para a razão É algo que está soterrado em nosso coração Esse é o cárcere da subjetividade Donde o sofrimento sempre será algo individual E todos somos estrangeiros até de nós mesmos Pobre humano que nunca se conhece E quando se conhece, só encontra monstros dentro da sua mente Olhamos as faces de pessoas das quais convivemos E não a reconhecemos por dentro Um mundo abstrato Ouvimos diálogos E tudo parece tão estranho Olhamos a multidão O que são? O mundo não é um lugar a qual pertenço É grande demais para mim Está lotado demais para mais um Está de ouvidos tapados para me ouvir E cá estou de volta no meu quarto Essa caixa que me priva de todos Um gole de lucidez para cada alma solitária Que brilhe uma chama em cada escombro donde se isolam
3.
4.
Diante de uma realidade mórbida meus olhos sangram para não ver Aquilo que parece ser surreal Nessa imensa melancolia de uma noite fria Oh, sombra de névoa tênue e esvaecida Alma de luto, martirizada Será que esse pesar nunca mais se apaga? Encontro-me nesse exílio Donde habita um infinito tormento As correntes me prendem à esse lúgubre desolamento Jazem meus versos neste lamento Quando nenhuma oração é ouvida Quando nenhuma graça é atendida E o silêncio abissal reina Corpos decadentes perambulam Sobre a terra firme e seca Ninguém quer ouvi-los Em um curto prazo de tempo Dando passos falsos Nas periferias da existência Não há salvação Olhos vazios e melancólicos fitam o abismo Para mais tarde jogar-se a seu único destino A ponte para o horizonte desmoronou Caem sobre o penhasco minhas ilusões Minha aurora morta Restando apenas o pesadelo Qual mérito há em viver? Quando se encontra dilacerado Infectado por tantas moléstias Sem nenhuma anestesia Para pôr em coma o desespero Tocam os sinos com dobres de agonias A melodia funesta do escárnio Soam sons de funeral E minha dor lateja Corrompido pelo meu próprio delírio Entrego-me aos pensamentos funérios Nessa árdua inquietação dessa vivência perturbada O espírito já não consegue conter as chagas Na cova vejo meu berço Uma paz que me espera Quão doce é o eterno sono no nada Que encanto me trás Isso o que chamam de desconhecido Todos os malefícios desse acaso Apagam no sepultamento E toda essa tragédia chega a seu fim Nesse momento, mesmo o sofrimento, não terá mais fundamento
5.
Flutuando em tristeza A mão aglutinadora esmaga-me contra o chão Carregados de matéria ordinária, seus olhos brilham sádicos Anunciando o badalar da felicidade. Em sua cabeça habita um infinito desconhecido Por isso suplico: Deixe-me entrar na sua mente A minha me assusta E ter um vislumbre da sua fantasia E me perder em sua existência Ser parte do seu mundo, Ser parte do seu ser, Olhar com os seus olhos o pulsar da angustia E, só assim, ser livre Para encontrar os braços que me acolherão para todo o sempre Eternal oblivion me dissolvendo ao nada O salgado aljôfar do seu rosto me acaricia (Então venha a mim) Revelando a serenidadade. Sumindo como cinzas ao vento tu me olhas Então, silêncio é o que resta
6.
Egoismo 05:48
Aversão ao toque A qualquer demonstração de afeto Preso e isolado em minha própria mente um cenário desolador dentro de minha mente caminho para morte sem me importa com o que vou deixar para trás perco cada vez mais esqueço do que eu era do que sentia ate deixar de existir nada mais importa alem de mim mesmo ato extremo de egoismo livrando o mundo de mais um inutil
7.

credits

released September 30, 2017

Depression4
Alanderson Joseph
Evelyn Santos
Hericles França

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Abismika Brazil

DSBM, Blackened Doom Metal band from Brazil

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