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Antipatia
07:40
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ódio que corre pelo sangue
E preenche o vazio deixado
Mais nada sinto
Nada posso fazer para parar a dor
A indissolúvel união entre o que me cerca e minha mente
Entre meus ossos congelados e o sangue coagulado
permeia uma dor de impotência ao mundo que me cerca
O objetivo individual do alivio as dores da alma
Se torna coletivo num mundo de almas atormentadas
Todas gritando desesperadamente
Em vão
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2. |
Cárcere da Subjetividade
04:59
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Ao se estar na desgraça,
talvez não se possa da fato resolvê-la
Compreendê-la aos poucos, nos tornamos dominadores de nossos demônios
A consciência é a única coisa que não nos abandona
Nem todos os fantasmas são reais, desvendar o que está por trás trás de cada temor é uma tarefa obscura
mas que é preciso enquanto para não se perder
Não importa o quanto eu pense, e nem que eu ouça os mais sábios
Pois o sentimento não está para a razão
É algo que está soterrado em nosso coração
Esse é o cárcere da subjetividade
Donde o sofrimento sempre será algo individual
E todos somos estrangeiros até de nós mesmos
Pobre humano que nunca se conhece
E quando se conhece, só encontra monstros dentro da sua mente
Olhamos as faces de pessoas das quais convivemos
E não a reconhecemos por dentro
Um mundo abstrato
Ouvimos diálogos
E tudo parece tão estranho
Olhamos a multidão
O que são?
O mundo não é um lugar a qual pertenço
É grande demais para mim
Está lotado demais para mais um
Está de ouvidos tapados para me ouvir
E cá estou de volta no meu quarto
Essa caixa que me priva de todos
Um gole de lucidez para cada alma solitária
Que brilhe uma chama em cada escombro donde se isolam
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3. |
Social Anxiety Disorder
05:08
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4. |
Assolado Pela Miséria
11:20
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Diante de uma realidade mórbida meus olhos sangram para não ver
Aquilo que parece ser surreal
Nessa imensa melancolia de uma noite fria
Oh, sombra de névoa tênue e esvaecida
Alma de luto, martirizada
Será que esse pesar nunca mais se apaga?
Encontro-me nesse exílio
Donde habita um infinito tormento
As correntes me prendem à esse lúgubre desolamento
Jazem meus versos neste lamento
Quando nenhuma oração é ouvida
Quando nenhuma graça é atendida
E o silêncio abissal reina
Corpos decadentes perambulam
Sobre a terra firme e seca
Ninguém quer ouvi-los
Em um curto prazo de tempo
Dando passos falsos
Nas periferias da existência
Não há salvação
Olhos vazios e melancólicos fitam o abismo
Para mais tarde jogar-se a seu único destino
A ponte para o horizonte desmoronou
Caem sobre o penhasco minhas ilusões
Minha aurora morta
Restando apenas o pesadelo
Qual mérito há em viver?
Quando se encontra dilacerado
Infectado por tantas moléstias
Sem nenhuma anestesia
Para pôr em coma o desespero
Tocam os sinos com dobres de agonias
A melodia funesta do escárnio
Soam sons de funeral
E minha dor lateja
Corrompido pelo meu próprio delírio
Entrego-me aos pensamentos funérios
Nessa árdua inquietação dessa vivência perturbada
O espírito já não consegue conter as chagas
Na cova vejo meu berço
Uma paz que me espera
Quão doce é o eterno sono no nada
Que encanto me trás
Isso o que chamam de desconhecido
Todos os malefícios desse acaso
Apagam no sepultamento
E toda essa tragédia chega a seu fim
Nesse momento, mesmo o sofrimento, não terá mais fundamento
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5. |
Sobre o Encanto da Morte
05:57
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Flutuando em tristeza
A mão aglutinadora esmaga-me contra o chão
Carregados de matéria ordinária, seus olhos brilham sádicos
Anunciando o badalar da felicidade.
Em sua cabeça habita um infinito desconhecido
Por isso suplico:
Deixe-me entrar na sua mente
A minha me assusta
E ter um vislumbre da sua fantasia
E me perder em sua existência
Ser parte do seu mundo,
Ser parte do seu ser,
Olhar com os seus olhos o pulsar da angustia
E, só assim, ser livre
Para encontrar os braços que me acolherão para todo o sempre
Eternal oblivion me dissolvendo ao nada
O salgado aljôfar do seu rosto me acaricia
(Então venha a mim)
Revelando a serenidadade.
Sumindo como cinzas ao vento tu me olhas
Então, silêncio é o que resta
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6. |
Egoismo
05:48
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Aversão ao toque
A qualquer demonstração de afeto
Preso e isolado em minha própria mente
um cenário desolador
dentro de minha mente
caminho para morte
sem me importa
com o que vou deixar
para trás
perco cada vez mais
esqueço do que eu era
do que sentia
ate deixar de existir
nada mais importa
alem de mim mesmo
ato extremo
de egoismo
livrando o mundo
de mais um inutil
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7. |
Escravidão e Sofrimento
02:07
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